Quantas vezes nos vemos perdidos, sem saber como rezar? Faltam-nos as palavras. Outras vezes começamos a louvar a Deus e não somos capazes de permanecer sequer cinco minutos em Seu louvor. Outras, ainda, sentimos o coração quase sair do peito de tanta vontade de falar com o Senhor, mas toda palavra que nos chega á boca parece ser insuficiente.
É bom saber que não estamos sozinhos, o Espírito mesmo vem em auxilio à nossa fraqueza.
Em razão do grande amor que Deus tem por nós. Deus não para um só instante de nos ajudar e fortalecer. Por isso, “O Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós como gemidos inefáveis” (Rm 8.26)
Estes gemidos são sílabas que se combinam de maneira inteligível, mas de grande significância. Na oração em línguas, falamos não aos homens, mas somente a Deus. É Deus que, sendo Pai e conhecendo o nosso coração, quer nos levar a uma oração profunda.
Rezar em línguas é avançar na fé. Se não acreditar-nos que Deus nos ama e está agindo em nosso favor, se não acreditar-nos que Jesus vive e derrama o seu Espírito Santo sobre nosso coração com todos os seus dons, será que teremos coragem de pronunciar esses gemidos inefáveis? A oração em línguas pode parecer loucura para os homens cultos desse mundo, mas é sabedoria para Deus.
Experimentar os dons carismáticos depende de você. È dom e tarefa – é graça de Deus, mas precisamos querer e colaborar. Santo Agostinho diz que, sem dúvida, nós também agimos, mas o fazemos cooperando com Deus, que age abrindo o nosso coração e nos preparando para a misericórdia.
Ao nos preparar para os seus dons, o Senhor o faz para nos curar, e nos acompanha para que, quando já estivermos curados, sejamos cheios a vida de seu filho Jesus. Ele então abre ainda mais o nosso coração para que sejamos chamados e vai conosco, a fim de que participemos de sua glória. Quer que vivamos sempre em sua presença como filhos, pois sem Ele nada podemos fazer.
Felizes são aqueles que se ariscam e se aventuram, mesmo quando os sentimentos contrariam a intenção de se lançar nessa maravilhosa experiência, já que aquele que assim reza edifica-se a si mesmo. Todos os outros carismas são para as outras pessoas; a oração em línguas é o único carisma voltado para a edificação pessoal. Convém não desperdiçar.
Extraído do livro: A oração em línguas de Márcio Mendes
Isabella Cristina da Silva Santos – GOU Santa Mônica