Tema do encontro: “Então Deus disse: Façamos o homem à nossa imagem e semelhança.” Gen 1,26

1ª Pregação (Angélica – coordenadora do MUR): Fomos criados para amar
Palavra: Gen 1,26
Nós somos imagem e semelhança de Deus, ou seja, somos o reflexo, retrato que possui a essência de Deus. Se Ele é Amor, então também somos criados para ser Amor. Apenas seremos felizes quando nos realizarmos no Amor. Para isso temos que amar em todas as áreas de nossa vida.
A prática do amor inicia na família. Ela deve ser um ninho de amor, pois a criança até os 5 anos de idade precisa receber 100% de amor, porque daí para frente ela sentirá a necessidade de amar. Dos 20 aos 25 anos alcançamos a maturidade do amor, pois damos mais amor do que queremos receber, ou seja, temos a iniciativa de amar. Para tanto, devemos:
1°) Assumir que somos criados por amor e para amar: Amar é uma decisão que precisamos tomar;
2°) Amar a Deus: viver de acordo com Sua vontade;
3°) Amar a si mesmo;
4°) Amar o irmão com a si mesmo: a afetividade é se doar para o irmão, é amor puro e de maneira santa (namoro santo, amizade santa, família santa etc). No relacionamento amoroso a afetividade é que leva a sexualidade. Essa é a expressão máxima do ser masculino e do ser feminino.
A sexualidade não deve vir antes da afetividade, do contrário nos frustramos.
O amor verdadeiro não precisa de prova, não faz exigências.
A afetividade leva à sexualidade no tempo certo. Isso é viver a santidade.
O namoro é um período de conhecimento, de vivência e troca de amor, até chegar ao casamento.
Desse se formará a família que deve ser ninho de amor. Por isso, devemos assumir nossa condição de pessoas que nasceram para amar. E devemos reafirmar essa decisão todos os dias. Passamos por quedas, dias difíceis, mas é exatamente nesse momento que devemos amar. O mundo tenta o tempo todo apontar nossos defeitos para desistirmos de amar por não nos acharmos dignos. Mas Deus não olha para o nosso passado, mas nos ama como somos.
Música: Imagem e semelhança (Pe. Fábio de Melho)
2ª Pregação (Neucele): Amadurecimento afetivo
Palavra: Luc 2, 52
Crescer é aumentar em estatura, quantidade, número etc, ou seja, crescer é um aumento. Já amadurecer é ficar maduro. Precisamos crescer em estatura, sabedoria e graças, diante de Deus e dos homens, assim como Jesus. Deus nos criou com amor, por amor e para o amor. Assim, fomos criados para amar. Nós só somos Amor quanto atingimos a maturidade afetiva na nossa vida.
O amor tem duas faces ou dimensões: de um lado se tem o amor afetivo e do outro o amor efetivo. O amor afetivo é comunicado através de afetos como um abraço, um beijo, enfim, pelo troque físico. Também, por meio de presentes, acolhimento, olhares afetivos (que transmitem a fé), palavras de amor (muito obrigada, por favor, com licença etc), elogios sinceros, gestos expressivos de amor (dar o primeiro lugar na fila, ceder o lugar para outra pessoa sentar), sinais de compreensão, sinais de apoio, sinais de perdão, lágrimas de emoção positiva de afeto.
O amor efetivo é demonstrado em gestos concretos, que realiza algo concreto em favor daquele que ama. Por exemplo:
• amor efetivo dos pais: dar educação, saúde, alimentação aos filhos;
• amor efetivo dos filhos: estudar com empenho, obediência, ajudar no desempenho das tarefas do lar, ajudar financeiramente em casa.
Não há felicidade plena nessa terra. Mas a nossa realização e felicidade nessa vida acontece a medida que amadurecemos no amor, seja afetivo ou efetivo. Todo ser humano quando nasce traz o potencial de ser amor. O crescimento e amadurecimento ocorrem no decorrer de nossa vida.
O ser humano precisa de tempo para amadurecer.
Chama-se imaturidade afetiva o estágio do amor que não amadureceu.
O ser humano leva de 18, 20 ou 25 anos para ficar maduro se receber muito amor. O amadurecimento humano está atrelado ao amor que recebemos desde que somos gerados no ventre de nossa mãe, sendo que o amor afetivo é o mais importante.
Música: Utopia (Pe. Zezinho)
Se recebermos pouco amor, manifesta-se em nós a fome de amor. Carência afetiva é o raquitismo da alma. E a carência afetiva compromete o amadurecimento afetivo. E ela se manifesta por comportamentos externos, como por exemplo:
• na família: o carente se manifesta como vítima;
• na escola: o aluno carente procura chamar a atenção de todos;
• no namoro: manifesta-se pelo ciúme e a incompreensão, o casal tenta suprir por meio da relação sexual, ou seja, os carentes chegam rápido a relação sexual, com o intuito de suprir a carência afetiva.
Só o amor satisfaz o imaturo e o carente afetivo.
O amor serve para amadurecer afetivamente e, também para curar nossas carências afetivas.
Jesus é o médico das almas que prescreveu a cura da imaturidade e das carências no evangelho de São João 15, 12. Para ser curado deve-se dar amor aos outros. Quanto mais exercitamos a arte de dar amor, mais recebemos amor.
É importante “deixar-se amar.”
Existem duas atitudes para amar:
• Lute por amar sues pais e seus irmãos: faça planos concretos para amar a sua família, peça auxílio ao Espírito Santo para que te mostre os gestos efetivos que pode fazer por seus familiares e persevere;
• Cure-se dos seus relacionamentos dolorosos (terapia do perdão).
Terapia do perdão
Trata-se dos nossos relacionamentos. Essa terapia se dá de duas formas:
• quando for ofendido pelo irmão devemos ir a Jesus para desabafar e pedir que Ele me ajude a perdoar (“Jesus, entre eu e fulano reine a paz”);
• quando eu ofendo o irmão devo ir a ele e pedir perdão, deixando ele desabafar o quanto quiser.
3ª Pregação (Alexandre – coordenador da RCC): Sexualidade humana
Palavra: Gen 4, 24
Gen 3,16
A mulher e o homem foram feitos para estarem juntos, unirem-se. As mulheres são impedidas (empurradas) no desejo sexual pelo marido. O homem e a mulher uniram-se de forma a serem uma só carne por meios do matrimônio.
Querer ir de encontro ao sexo oposto é desejo sexual. Sexualidade é diferente de sexo. Entre os séculos XIX e XX, Foid (pai da psicanálise) faz a distinção entre o sexo e a sexualidade.
Sexo é o ato sexual. Já a sexualidade é a capacidade que se tem de se relacionar com as pessoas, o sentimento que se tem em trono do sexo. Sexo feminino e sexo masculino são como duas partes de uma mesma laranja. A palavra sexo vem do latim “sexus” que quer dizer metade.
É como uma laranja cortada ao meio originando duas partes. Assim, duas metades para se fundir em um devem ser de uma mesma natureza. No entanto, a união das duas metades tem que ser prazerosa.
Além disso, no ato sexual o homem torna-se sócio de Deus para formar uma nova alma que precisa se sentir profundamente Amanda. As duas metades da laranja devem unir-se para formar laranjinhas. Sexo entre o homem e uma mulher é um encaixe perfeito.
A igreja não tem preconceitos com orientações, mas ela tem conceitos quanto ao que é melhor para a humanidade. A sexualidade depende da nossa cultura, do que nós aprendemos, de como foi a relação com nossos pais, as demais pessoas de nossa família e todas as pessoa com quem nos relacionamos.
O cristão católico possui uma sexualidade diferente da de protestantes, espíritas e ateus. Não quer dizer que é a melhor, mas a igreja católica possui uma cultura na qual estamos inseridos e desenvolvemos nossa sexualidade. O ser humano divide-se em três: corpo, alma e espírito. O corpo é a carne. A alma é o que o Senhor nos deu para que vivamos a eternidade. E o espírito é a nossa identidade, nossa consciência, nosso sentimento, nossa mente, nosso coração.
Somos infelizes quando nosso corpo está em desequilíbrio com a alma, porque nosso espírito sobre, ou seja, pesa em nossa consciência.
Não existe sexualidade certa ou errada, mas sim sexualidade saudável. Uma sexualidade mal exercida traz problemas para toda uma vida. O “pegador” é um doente, pois ele é um compulsivo sexual que precisa de tratamento com profissionais e espiritual. Deve-se ter cuidado com quem se partilhar a sexualidade para evitar problemas, pois a pessoa pode não compreender. O ideal é partilhar com uma pessoa que tenha caminhada na fé.
Sensualidade é uma etapa do exercício da sexualidade, pois se trata do chamar a atenção do outro, despertar os sentidos do outro. Mas a sensualidade deve ser exercida com afetividade.
A sexualidade é mal vista porque a sociedade transformou o sexo em produto. O mundo passa a idéia de que você vale o que aparenta ser. Sentimo-nos insatisfeitos com o que somos porque o mundo nos passa conceitos do que é ideal (cabelo, corpo, rosto, forma de namorar etc).
O homem não deve ser conquistador e sim cortejador da sua namorada ou esposa. E a mulher deve encantar o homem com seu ordenamento interior. Assim, devemos procurar a pessoa que tem o ordenamento interior que nos satisfaz. E devemos saber se queremos algo eterno ou momentâneo.
4ª Pregação (Glauber – coordenador do MJ): Sexualidade no plano de Deus
Saímos de Deus propensos a amar e ser amor. A sexualidade não abrange somente o corpo, mas também a nossa alma. A mulher possui uma alma feminina e o homem possui uma alma masculina.
A nossa sexualidade está orientada para o nosso afeto.
A nossa sexualidade serve para a nossa capacidade de amar.
A nossa sexualidade, também, abrange a nossa capacidade de procriar.
Deus criou o homem e a mulher de forma que nenhum seja superior ao outro para que se completem ao se unirem em casamento para a formação de uma família. A nossa sexualidade está orientada para criar laços de respeito (família, amizade, namoro). Existe uma complementaridade moral e espiritual entre homens e mulheres.
Deus nos cama a castidade. Castidade não é simplesmente abster-se do ato sexual, mas é viver o plano de Deus na nossa vida, ou seja, no estágio de vida em que se está (solteiro, namorando, noivo, casado, irmão consagrado etc). Assim, somos castros porque queremos agradar a Deus (viver o amor divino). Conclui-se que a castidade é viver a sexualidade de forma saudável.
A castidade é uma opção pessoal, pois é um dom de Deus que deve ser pedido por aquele que a quer viver. Assim, não conseguimos viver a castidade por nossas próprias forças, mas deve ser pedida ao Espírito Santo em forma de dom.
Testemunho de um casal que viveu o namoro santo que se tornou um casamento (Andressa e André)
A castidade vale o quanto nos custa, se custa muito é porque nos vale muito ou se custa pouco é porque nos vale pouco. A castidade requer a parte humana e sobrenatural. De forma sobrenatural podemos pedir esse dom a Deus, ter obediência aos mandamentos de Deus, fugir das tentações, consagrar a virgem Maria etc.
Naturalmente, devemos:
• aceitar a castidade;
• higiene mental;
• higiene corporal (principalmente, nas genitálias);
• amizade: temos muita energia, principalmente sexual, por isso temos que ter boas amizades;
• praticar esporte: porque gera em nós o desgaste corporal que gera um sentimento de prazer e bem estar.
Excelente resumo do encontro!!!!
ResponderExcluirPena que eu perdi isso tudo.
ResponderExcluirMas foi muito bom ler e aprender um pouco.
Obrigado a todos.